Lendas: José Mário Cerejo



Inauguração do Pavilhão Gimnodesportivo (actual Pavilhão José Mário Cerejo).

José Mário Carvalho Mendes Cerejo, 58 anos, nasceu em Lamarosa – Torres Novas, é técnico industrial, gosta de ler, de cinema e de desporto. Sócio do U.D.V. há 35 anos (desde a sua fundação).


José Mário Cerejo, Presidente.
01/07/1979 - 30/06/1984
01/07/1986 - 31/12/1991
“Os momentos mais importantes na vida do Clube foram as festividades na comemoração do 25º aniversário, na inauguração do Pavilhão Gimnodesportivo, e as várias realizações dessas extraordinárias manifestações desportivas, que foram os “XiraCup” em andebol. Festa ímpar da Juventude Mundial. Sabem que um dos XiraCup teve a participação de jovens dos cinco continentes?... Olhem que foi bonito e marcante!
Claro que, em todos estes anos, muitas coisas de bom aconteceram no nosso União, mas estas foram para mim, as mais importantes.

Vivi emocionalmente momentos de muita importância. Tantos que me é impossível enumerá-los, pois onde houver um atleta do U.D.V. é para mim, um momento de orgulho e felicidade, mas... sempre vos cito alguns:

- O acompanhamento diário da construção do nosso Pavilhão. As vitorias nos campeonatos regionais de futebol Juniores e Séniores, com as respectivas subidas aos nacionais. A participação no Campeonato Nacional de Futebol da 3ª Divisão, da equipa sénior de Andebol. E uma noite maravilhosa, que jamais esquecerei, que foi a participação da nossa classe de ginástica feminina da professora Fátima, na área da manutenção no Pavilhão Carlos Lopes em Lisboa completamente lotado. Que noite maravilhosa! Ainda hoje, quando a evoco, a emoção é tão forte, que sinto nos olhos as consequências dessa extraordinária jornada.





Uma situação muito gratificante e de que muito me honro, foi a minha passagem como Presidente do Executivo. Se me trouxe aborrecimentos, estes foram poucos, comparativamente com os agradáveis. Ainda me possibilitou fazer amizades, que só o desporto permite. Não só na nossa cidade, como nos clubes e terras onde Vila Franca e o nosso União foram ilustres visitantes.

Somos da opinião que, numa Colectividade como a nossa, um homem só nada faz e, por isoo, nada falta fazer e tudo está feito, quero dizer: O que foi feito e o que falta fazer só o foi e será possível com a colaboração de todos. E aí, eu fui um presidente com sorte, pois consegui reunir, nas direcções a que presidi e nas diversas comissões, com uma saudação especial à das “instalações”.
Dirigentes de grande capacidade de trabalho, homens com uma só ambição: o de servir a sua Terra e o seu Clube. Sem eles eu nada teria feito. Homens que por tudo o que fizeram, pelo nosso União, lhes estou eternamente grato e reconhecido.

Gostaria de ver o U.D.V. dotado de infra-estruturas desportivas, a 2ª fase do Pavilhão Gimnodesportivo, o Pavilhão Naútico e um Parque Desportivo para a prática do Futebol, que nos permita dizer: Este Parque Desportivo honra Vila Franca e suas gentes! que não é o caso actualm em que só não nos honra, como nos envergonha!... e Vila Franca merece bem mais do que possui.

Desejo ver todos os Unionistas e Vilafranquenses unidos em redor do seu clube, discutindo-o, repensando-o, proporcionando-lhe condições para que seja o que todos quisermos e que a sua divisa ‘Sempre Unidos, Venceremos’ não seja apenas mais uma frase, mas uma realidade constante, vivida por todos nós!

Boletim Mensal U.D.V. nº5
Fevereiro de 1992

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